Os seus olhos eram crescidos, enormes, e abraçavam mais de mil naus catrineta, as suas mãos eram maiores que todas as ausências, e arregaçavam os braços para o trabalho duro do dia a dia, fome a fome, tiro a tiro. Conhecia as armas pelo barulho do seu tiro, certeiro, mortal, mortifero, tão bem como conhecia os pássaros pelo seu cantar, brilhante, fresco, primaveril no Novembro que se estendia.
Não havia São Martinho, capaz de o aquecer, na quente primavera de Novembro, assim como não havia carinho possivél nas mãos do pai.
3 Comentários:
mas o coração continua lá para aquecer...
coincidências... hoje é o são martinho, também falei disso no meu último texto, e ontem fui a uma festa punk em benefício das pessoas de oxaca, no méxico, que fartas da pobreza e exploração de que são vítimas há anos, fecharam a cidade há duas semanas, barricaram as entradas, isolaram-se do mundo que as explora. a polícia do estado matou pelos menos 3 pessoas, que me lembre, 3 pessoas que lutam pelos seus direitos, pela igualdade neste planeta onde todos nascemos, que é de nós todos e não apenas dos ricos. e lembrei-me de ti, querida xpto, dos nossos tempos de jcp e festivais da paz, das nossas reuniões e lutas, e lembrei-me que pertencias ali, comigo, naquele grupo de punks jovens e belos como nós também já fomos, punkitos e punkitas tão cheios de vida e originalidade e imaginação, revoltados com o que se passa neste mundo ainda tão ignorante e capitalista.
e agora exte teu texto lembrou-me disso, do sofrimento, da pobreza, da falta em que vive a maioria da população do nosso planeta.
coincidências e beijos de listas aos triângulos...
;-)
os teus merecidos beijos vão para o teu mail. Até já
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