sexta-feira, maio 05, 2006

xpto



Sinto-me presa nesta solidão que sou eu própria, presa nesta fuga de mim para mim, nesta perdição de me encontrar em cada esquina quando quero somente e simplesmente perder-me , deixar para trás esta pessoa que fui e que sou, ou que sou mais ou menos. Talvez se matasse a minha própria vaca tudo fosse diferente. Nesta tentativa de ser outro vivo a metade, a metade do choro, a metade do riso, a metade de mim, a metade do que a vida me pode dar. não quero mais nem menos, quero melhor!

Gostaria de recuperar os braços que tenho por dentro, junto ao fígado e ás demais entranhas, deixá-los abrir e fechar,deixá-los cozinhar-me até ficar no ponto. Estranharão aqueles que nunca deram pela sua presença, estranharão aqueles que nunca sentiram a sua ausência, mas vivo esta espécie de amputação moral , e, é exactamente lá que tenho comichão !!!
Saudades dos abraços? não saudades de querer abraçar....Não desejo nada nem ninguém, olhando á minha volta não vejo laços apenas nós, nós cegos e infinitos que apenas criam enganos e desassosegos e solidões, umas a seguir ás outras, sem forma de ser diferente nem de ser.


3 Comentários:

Blogger Sílvio Mendes disse...

Nós, os cegos e infinitos,
que já nascemos assim,
somos os enviados para rescrever
o verbo ver,
a vontade ver tudo,
e a certeza até ao fim.

(descupa reescrever ideias tuas

sexta-feira, 29 setembro, 2006  
Blogger xpto disse...

Como é que aguentas-te até aqui???

sexta-feira, 29 setembro, 2006  
Anonymous Anónimo disse...

Saudade...
sinto-me preso,
às amarras do,não te ter.
Nesta solidão que és tu...
permaneço:fuga,escape,perdição.

Simplesmente...
perder-me,deixar-me,a vaguear,
à deriva no que já é nosso.
Na bússola do tempo choro para,
talvez encontrar-te,amar-te.

§

quinta-feira, 11 fevereiro, 2010  

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