A manhã esta a passar horrivelmente devagar.Espero pelas duas horas,mas sei no entanto que a avaliar pelo respeito demonstrado ultimamente, é uma espera vã, pois o sr gerente não vai aparecer. estas cenas irritam-me cada vez mais, e, em vez de me habituar a elas, sinto a cada nova graça uma vontade legitima (acho!) de me rebelar e de lhe pedir encarecidamente que meta a maldita prepotência no cu! Claro que não falo de um cu qualquer, mas do cu de "UMA PESSOA UM BOCADO DIFERENTE DAS OUTRAS " uma vez que o é sr gerente por mérito muito próprio de ter escolhido tão bem a barriga de que nasceu.
Os clientes ( que são uma representação de uma faixa da classe humana ) demonstram uma amabilidade brutal, quase comovente e salvo raras excepções,fazem questão de marcar a sua superioridade em cada momento da sua visita á nossa loja, de ( claro está ) produtos
básicos a qualquer rico e até a qualquer elemento dessa espécie hoje tão em voga que são os self-made qualquer coisa. A autenticidade foi por agua abaixo. Deixou de fazer sentido. Fazemos todos parte fornadas. Dependendo da nossa carteira , somos todos " Sacoor " ," Quebra-Mar " ,somos todos " Zara " , " Berskas" e afins , somos ainda os feira-de-Carcavelos com pretensões a...Construimos todos os dias este universo e lacrimejamos todas as noites com as imagens mais que vistas das criancinhas, agora já não Africanas, mas sim iraquianas, armadas até aos dentes . Depois do Kleneex estar no lixo, abrimos a alma ao criador e sr de todos nós ( entenda-se que a era de Cristo já lá vai, falamos pois do exmo. sr. George W. Bush. ). A +parte do Bush revolta-me sinceramente uma vez que cresci a ver imagens dum simpático e desastrado boi que respondia pelo mesmo nome. Não me parece que merecesse tamanha afronta.Tenho dito!
1 Comentários:
[Ok, texto a texto. Tua simpatia merece a minha atenção.]
Uma manhã de revolta, tão grande e tanta urgência de dizer que as próprias palavras saem ao contrário, esquecem-se da sua forma original, colam-se umas às outras. Porque de forma, de aparência, de formalidades técnicas está o mundo demasiado cheio. E o importante é dizer, é libertá-lo desse tremendo mal. E, com mais ou menos vírgulas, tudo é dito. Com a urgência de quem sente e acredita.
E, entre suspiros e uma desilusão crescente, é tão bom encontrar alguém que acredita.
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